Escolas do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico

Artigo/reportagem

Palavras-chave: energias renováveis

Energias renováveis a era da (r)evolução pelo ambiente
Escola Sec. Ferreira Castro (OLIVEIRA DE AZEMÉIS)

Já se imaginou a viver sem electricidade? E sem água quente para a sua higiene? De facto, este é um cenário desagradável, mas muito possível se continuarmos a manter as nossas mentalidades obsoletas e a gastar e desperdiçar recursos energéticos que não se renovam. Assim, é importante mudar conceitos e atitudes nos nossos hábitos de vida para um futuro sustentável e possível para as gerações futuras.
A energia pode ser considerada como renovável e não renovável.
É considerada energia renovável a energia que se obtém dos recursos naturais tais como: o sol, o vento, a chuva, as marés e a energia geotérmica. Este tipo de energia é assim denominada devido ao facto de serem recursos renováveis, ou melhor, recursos “reabastecidos” pela própria natureza.
As energias renováveis são as energias alternativas ao modelo energético tradicional (com recurso aos combustíveis-fósseis como o são o petróleo, o gás natural e o carvão) por dois motivos: os combustíveis fósseis precisam de milhares de anos para a sua formação (e com o “boom” na sua utilização pelas gerações actuais em algum momento estas terminarão, pois o seu uso corresponde a uma velocidade muito superior à velocidade da sua criação) como pelo seu menor impacto ambiental.
Assim, no quadro seguinte encontramos as diversas formas de energias renováveis, de onde provém, como obter (meios para a conseguir) e possíveis formas de a utilizar no dia-a-dia.

Vantagens e desvantagens
Seguidamente, são apresentadas algumas vantagens versus desvantagens destas formas de energia.

Relativamente a tudo isto que foi aqui exposto, foi entrevistada uma habitante da aldeia de Cabaços (perto da Albergaria da Serra - ou das Cabras), na Serra da Freita, D.ª Maria do Rosário, de 80 anos, viúva e com uma longa história de vida.

Questionada acerca da paisagem, referiu que ao início lhe “custou um bocadinho ver assim a serra, tudo cheio de uns postes tão altos e feios”, mas depois com o tempo habituou-se. Acrescenta que agora já não consegue imaginar aquela paisagem “sem aquelas coisas, é que sabem, meninas, quando os meus filhos e os meus netos vêm cá, no Verão, gostam de ir até lá sentir o vento dar-lhes na cara e levam-me com eles. E eu gosto muito de estar com os meus filhos e com os meus netos, que estão a trabalhar na França e eu sinto muita saudade deles”.
Fig.1- Torres eólicas na Serra da Freita

Relativamente à utilidade daqueles objectos sabe que servem para produzir energia eléctrica, embora não saiba explicar como é que essa energia chega à casa das pessoas. “Sabem, meninas, eu já vivi muito, mas nunca fui à escola, não percebo nada dessas modernices de agora, não sei como é que inventam tanta coisa. Mas compreendo que é para que os meus netos não passem tantas necessidades como eu passei. No meu tempo, tínhamos, muitas vezes, de ir tomar banho ali ao riacho, porque não tínhamos água em casa. A água era gelada, mas nós, as moças, gostávamos de ir para lá para conversarmos. Nunca pensei ver assim a serra, com tanta modernice.”
Apesar do impacto visual causado pelas “ventoinhas”, na opinião da D.ª Maria do Rosário, a vida destas populações não se alterou a não ser pela maior afluência de turistas que se verifica. “O que mudou? Na minha vida não mudou nada. Já sou velha, mas sei que isto das ventoinhas trouxe mais pessoas aqui para a serra. As pessoas gostam de ver e de tirar fotografias. Para os animais também não mudou nada: continuam a pastar, só não é assim quando há os fogos. Aqui, todos os anos, anda o fogo e queima-lhes o pasto.”
Deste modo, concluímos que as pessoas já encaram a utilização das energias renováveis como algo útil e inevitável. No entanto, é um caminho que ainda agora começou a ser trilhado e do qual há muito para fazer e evoluir. Porque para um futuro sustentável energeticamente é de crucial importância o desenvolvimento de métodos e técnicas cada vez mais eficientes e menos invasivas para as populações envolvidas.

Ana Raquel Almeida, 15606
Diana Nogueira, 14745
Fabiana Duarte, 14755