Portugal, apesar de não ser um dos países mais ventosos da Europa tem vindo a investir, ao longo dos tempos, na criação de parques eólicos. O primeiro parque eólico de Portugal foi instalado nos Açores em 1989 e até 1996 apenas as ilhas da Madeira e Acores tinham explorado este tipo de fonte energética (com excepção de um pequeno projecto de 1,8 MW na costa sul, perto de Sines, o primeiro construído em Portugal Continental em 1992). Nos últimos 12 anos foram entretanto construídos diversos parques eólicos no continente e ilhas.
Esta energia é inesgotável, não emite gases poluentes nem gera resíduos e há pouca emissão de gases de efeito de estufa, o que é bastante benéfico. Para as comunidades onde os parques eólicos são colocados as vantagens também são diversas, os terrenos onde estes parques são colocados permitem continuar a utilização dos mesmos para, por exemplo, a agricultura e criação de gado. O Estado também usufrui de vantagens da implementação destes parques, pois a energia produzida nestes parques reduz a dependência energética do exterior e permite uma poupança devido à menor aquisição de direitos de emissão de CO2, facilitando, deste modo, o cumprimento dos objetivos do protocolo de Quioto. Por fim é também vantajoso para os promotores, os aerogeradores não necessitam de abastecimento de combustível e requerem escassa manutenção, uma vez que só se procede à sua revisão em cada seis meses constituindo, por isso, uma excelente rentabilidade do investimento. Em menos de seis meses, o aerogerador recupera a energia gasta com o seu fabrico, instalação e manutenção.
Contudo não nos podemos esquecer de falar de algumas desvantagens, nomeadamente a intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a electricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua produção no programa de exploração, os impactos visuais consideráveis, principalmente para os moradores em redor. A instalação dos parques eólicos gera ainda uma grande modificação da paisagem, provocando ainda um elevado impacto visual. Para além de todos estes impactos, existem também, impactos ambientais, impacto sobre as aves locais: principalmente pelo choque destas nas pás, a influência na avifauna, a destruição de habitats, e a modificação dos comportamentos habituais de migração. O impacto sonoro é também produzido por este tipo de energia, o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante, por isto as habitações mais próximas deverão estar, no mínimo a 200m de distância.
A energia eólica é pois considerada como alternativa às energias tradicionais, tanto pela sua disponibilidade garantida, como pelo seu menor impacto ambiental. Neste sentido, o Vale do Minho tem vindo a apostar nas energias renováveis, mais concretamente na energia eólica, na energia hídrica e na biomassa.