Inicialmente foi esclarecido o conceito “pegada ecológica”, que surgiu em 1992, sendo apresentada a seguinte definição: quantidade de terra e água necessárias para suportar os gastos materiais e energéticos de uma determinada população.
Ao longo do tempo, houve a necessidade de definir concretamente em que consistia o desenvolvimento sustentável. Em 1987, surgiu um relatório da ONU que falava pela primeira vez do desenvolvimento sustentável. Mais tarde, em 1992, realizou-se a Conferência do Rio, com a intervenção de diversos países, onde se procurou introduzir a ideia de desenvolvimento sustentável – um modelo de desenvolvimento económico menos consumista e adequado ao equilíbrio ecológico. Algum tempo depois, em 1996, formou-se um modelo definitivo deste conceito – superfície produtiva necessária para manter o consumo de recursos de energia e absorver resíduos produzidos, excluindo os pólos e os desertos.
Metodologias de cálculo da Pegada Ecológica
Metodologia de Domenech – Método de cálculo adaptado às características das empresas criado em 2007 que permite recriar os dados necessários ao cálculo dos elementos contabilísticos.
Metodologia de Wackernagel
Segundo este método o cálculo da pegada está dividido em subáreas
Vantagens e desvantagens
O cálculo da pegada ecológica tem como vantagens:
No entanto apresenta as seguintes desvantagens:
Evolução da pegada ecológica a nível global
Ranking da Pegada Ecológica de 2007:
1º - Emiratos Árabes Unidos
2º - Qatar
5º -EUA
19º - Espanha
39º -Portugal
Medidas para reduzir a pegada ecológica
É lógico que temos de reduzir os nossos gastos, mas será que reduzir significa abdicar do nosso estilo de vida?
Não. Vamos sim utilizar os nossos recursos de forma mais eficiente sem perder o conforto.
Energia
· Instalar detectores de presença em locais de passagem;
· Regular o termostato do ar condicionado um grau a baixo no Inverno e um grau acima no Verão (- 20% do consumo global);
· Desligar fotocopiadoras durante a noite e ao fim de semana (- 40 a 60 % do consumo global);
· Desligar os equipamentos informáticos quando não estão a ser utilizados (-72,5 % do consumo global);
· Instalar unidades fotovoltaicas de microgeração ou de colectores solares, o que vai permitir uma diminuição do consumo de combustíveis fósseis.
Água
· Instalar redutores de caudal nas torneiras (- 3,6 litros por minuto);
· Regular os sistemas de rega para o período nocturno reduzindo desta forma a evaporação;
· Instalar reservatórios para aproveitamento das águas das chuvas;
· Optar pela instalação de espécies autóctones nos jardins;
· Diminuir o tempo de permanência no duche.
Resíduos
· Optar pela utilização de papel reciclado, poupando desta forma 50% de energia na sua produção;
· Optar pela impressão frente e verso o que diminui o consumo de papel e a produção de resíduos;
· Promover a triagem e reciclagem de resíduos, como a reciclagem do vidro que exige menos 50 de energia.
Para além da redução dos nossos gastos, há que investir em capital natural, de forma a garantir os serviços vitais prestados pelos ecossistemas através da adopção das seguintes medidas:
Apesar de não podermos reduzir a nossa pegada ecológica a zero, uma vez que temos a necessidade de consumir para garantir a nossa subsistência, podemos contribuir para a sua diminuição. Com o contributo de todos, podemos tornar o nosso mundo num local melhor para viver. |