Edição 2015

Trabalhos Apresentados

1º Escalão (até aos 15 anos)

Água com Energia

Escola: Escola Básica de Gualtar (Braga)
Autores (alunos): Bruna Silva, Ana Daniel Silva e Inê Rodrigues

Clique aqui para ver o vídeo na página do YouTube.


Memória descritiva:

Inicialmente analisámos a documentação relativa ao concurso, que nos era proposto pelo Programa Jovens Repórteres do Ambiente (JRA): Eco-Repórter da Energia. O projeto e as suas linhas orientadoras foram apresentados aos JRA de Gualtar e a outros clubes da escola. Foi decidido que seria retomado o estudo da água como promotor de energia limpa, tema a ser abordado com outro grupo de trabalho: Educação para a Cidadania Global.

A atividade foi realizada com alunos do 5º ano, que mesmo pequenos, revelaram ser muito resposáveis para uma tarefa tão estruturada.  A exploração do elevador do Bom Jesus do Monte como estrutura de grande relevo para a sustentabilidade foi uma escolha lógica e permitiu dar continuidade a trabalhos realizados anterioremente.

O elevador liga a parte alta da cidade ao Santuário, subindo um desnível de mais de cem metros de altura e segue um percurso paralelo ao dos Escadórios do Bom Jesus, terminando na parte mais alta, junto à estátua equestre de São Longuinho. Foi o empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes (1840-1894), que o mandou construir, com o objetivo de substituir a linha dos americanos de Braga (veículos sobre carris puxados por cavalos), que originalmente se estendia até ao santuário e que tinha de ter a sua tração complementada por bois, na íngreme subida, em dias de maior afluência. A sua inauguração ocorreu em 25 de março de 1882. Funciona sobre uma rampa, sendo constituído por duas cabines independentes, ligadas entre si, por um sistema funicular com contrapeso de água. Cada cabine tem um depósito, que é cheio de água quando no nível superior e esvaziado quando no inferior. A diferença de pesos assim obtida permite a deslocação. Foi construído para transportar 38 pessoas e não emite CO2 para a atmosfera.

De facto, este processo de transporte é ambientalmente correto, promotor de criação de empregos, preservação ambiental e claro energeticamente viável, não fosse este elevador existir há 133 anos! Dever-se-ia olhar para este facto, pois, conjuntamente com soluções solares ou eólicas, poder-se-ía por a água a fazer com que se pudessem transportar objetos. Imaginem elevadores baseados neste processo, num prédio, em que com a ajuda de sistemas solares e eólicos, se fossem enchendo depósitos de água, que por seu turno permitiriam que as pessoas andassem para cima e para baixo, sem que houvesse qualquer custo em produção de CO2. Se olharmos para a história, poderemos ver algumas saídas para a nossa sociedade. Neste preciso caso, é uma solução barata e amiga da sustentabilidade. Foram realizadas umas paletra na escola com a presençaõ do presidente da junta local e grande conhcedor e promotor do elevador. Os alunos puderam então reconhcer a importância de tão grande património nacional para a sustentabilidade ambiental

Os alunos e os encarregados de educação foram, de forma autónoma e volutária, fazer umas filmagens do local e partilharam com a turma e professores. Foi uma forma muito positiva de se prepararem e encarnar a excelência de um repórter ambiental.

Foi reunido todo o material necessário, passando posteriormente a uma nova etapa, em que elaborámos o projeto sob a forma de um guião, com linhas orientadoras, de forma a contemplar os objetivos e intenções da tarefa proposta – criação de uma vídeo-reportagem. Foi necessário refletir sobre a transformação da informação recolhida em linguagem audiovisual, tendo como recursos: a exploração do guião; a exploração de técnicas de reportagem e a utilização de uma máquina de filmar.

Depois de passarmos a fase de planeamento, passámos à fase de direção e gravação. Procurámos realizar enquadramentos simples, valorizando a linguagem básica de vídeo, e dando principal ênfase à mensagem. A filmagem foi realizada com duas câmaras. Após a fase de gravação, foi realizada a seleção das imagens que mais se enquadravam com o que se tinha planeado e passou-se à fase de edição do vídeo. Inicialmente criámos uma montagem grosseira, que nos permitiu ter noção da redução do tempo necessário, para respeitar o limite de 3 minutos e de quais seriam as imagens fulcrais a introduzir, de forma a reforçar a transmissão da informação.

A edição do vídeo reportagem foi realizada com o Adobe Premiere CS6 e parte do som foi retocado com o Adobe Audition CS6.